quinta-feira, 10 de abril de 2014

Fazendo nossa parte para promovermos nascimentos mais humanos e, como consequência, uma sociedade mais equilibrada.

Este post é um convite para todas as pessoas refletirem como deram à luz, como foram levadas aos mais de 80% de cesarianas (principalmente quem tem convênio de saúde), para olharmos o que realmente aconteceu conosco, se os motivos que nos levaram a cesária eram motivos baseados em evidências científicas ou indicações fictícias (que você pode conferir aqui no site da Dra. Melania Amorim, médica obstetra, pesquisadora, mestre, doutora, pós-doutora duas vezes, especialista e professora universitária).

Refletindo com sinceridade, saberemos em que caso nos encontramos. Eu passei pela violência que considero a mais perigosa, porque é mascarada, silenciosa, que perpetua uma cultura da Industrialização que hegemoniza não só os nascimentos, como a educação, e que exatamente por isso, produz uma sociedade doente, infeliz, violenta. Como todos nós queremos ter paz e ser felizes, a reflexão honesta se faz necessário para que consigamos fazer escolhas mais conscientes e paremos de fazer as coisas "porque é assim", "porque me disseram que é isso" ou "porque não tem outro jeito". Somos seres humanos dotados de muita cultura e história que nos fizeram evoluir e por isso podemos refletir sobre as coisas que achamos "normais" e que seguem nos fazendo sofrer.

Bióloga, mestre em psicobiologia, doutora e pós-doutora em farmacologia, hoje terminando novo doutorado, em Saúde Coletiva, pesquisadora da assistência ao parto no Brasil, da violência obstétrica e da medicalização da infância e do corpo feminino. Mãe da Clara, que ela considera seu mais relevante título, Lígia Moreiras Sena está em fase de coleta de dados em sua pesquisa de doutorado e nos convida a participar e contar o que vivenciamos.




A pesquisa dela é de grandissíssima relevância não só no mundo científico, mas principalmente pela repercussão social que pode ter. Por esse motivo, penso que quanto mais pessoas puderem participar de sua pesquisa, a realidade obstétrica pode ser compreendida de forma mais ampliada e mais clara e, a partir do conhecimento dessa realidade, sim, podemos mudar a forma como nascem as crianças em nosso país e que determina o tipo de sociedade que temos. 



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