segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Por que os bebês choram? Parte 2



E o assunto "choro" não passa! Reparem então em suas emoções ou desejos...
Os bebês são um reflexo de nós. Existem coisas que não estamos a fim de enfrentar em nós mesmos e relegamos às nossas sombras, pois essas coisas não passam despercebidas sob a pele sensível de nossos pequenos! Tem bebês que choooooooooooram, mas chooooooooooram, e os pais não sabem mais o que fazer, não é mesmo?

Então eles me perguntam: O que esse bebê tem????
E eu os pergunto: Espera um pouco. Como você tem se sentido? Por que tem vontade de chorar?
Como diz Laura Gutman, em menos de meio minuto essa mãe enche os olhos de lágrimas!
Aí sim, vamos ver porque o bebê chora!

Quando estava nos dias mais difíceis de choro do Lucano, eu passei a fazer algo interessante:
Ele começava com aqueles choros sem fim e eu sentava na poltrona com ele, abraçava e ia dizendo em seu ouvidinho (mas era um dizer pra mim mesma): "Calma, tá tudo bem, calma" Assim, eu ia respirando fundo, dizendo isso bem baixinho e ME acalmando...logo ele ia se acalmando também!

Pensem nisso! Dá pano pra manga!
Podemos conversar nos grupos sobre isso, não é?

Um beijo, Ju

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Por que os bebês choram? Parte 1


Esta semana vamos falar sobre um tópico que aflige TODOS os pais, acho até que todas as pessoas em geral...afinal é só uma criança chorar que lá vem alguém dizendo: "Não choooooraaaa!".

Ninguém aguenta ver outra pessoa chorando e, por mais que não reconheça, isso mexe com nossos choros internos, nossas angústias e nossa incapacidade de fazer o outro feliz...É verdade, o outro só vai ser feliz se ele quiser, não fosse isso, todos os terapeutas estariam ricos e ninguém mais se suicidava nesse mundo, não é?

Enfim, estamos falando de um choro que é ainda mais difícil de ouvir, por que é o do nosso filho! A gente quer é que esse choro pare logo! Mas se pararmos para pensar que o choro é a linguagem dos bebês mais audível, é por causa dele que os pais conseguem descobrir por exemplo, se o bebê está com a fralda suja ou tem fome...

Acontece que tem choros e choros...e é sobre isso que vamos conversar nesses dois vídeos sobre o choro. Ainda podemos falar tanto mais...deixemos isso para nossas discussões em grupo, para ficar bem recheado de exemplos e maneiras diferentes de se lidar com o choro. Afinal, a gente conhece muita coisa de bebê e de choro, mas como cada ser é único, cada um tem suas motivações para chorar e calar, sorrir e se expressar como conseguir. Por isso precisamos estar muito conectados, desacelerados e atentos, para olhar no fundinho do olho do nosso bebê e conseguir entender o que se passa com ele, porque é só assim que o chorinho dele vai acalmar!

Espero ter ajudado!
Um beijo, Ju

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Dicas para a troca de fraldas sem assaduras!


Dicas!!
Esta semana trouxe as dicas para evitar assaduras...nessa época ainda estava sem experiência de vídeo, mas as dicas continuam MUITO válidas!

Pode parecer estranho andar com uma garrafinha de água na mochila do bebê, mas sinceramente, isso nunca me incomodou. Meu kit de troca de fraldas na rua sempre foi uma garrafinha com algodão e uma fralda de tecido para secar depois. É só acostumar-se e, pela minha experiência, recomendo que a gente já comece a se acostumar desde o primeiro dia com o trio de troca de fraldas. Nunca tivemos problema de assaduras! A gente se acostuma!

O mais importante é sempre secar o bebê depois de passar o lencinho umedecido ou o algodão com água. O que acontece com o lencinho umedecido? Ele tem perfume, então esse perfume geralmente dá alergia ou irritação na pele do bebê...experimentem se limpar com lencinho umedecido...é horrível! O algodão com água jamais vai irritar, ainda mais se secarmos bem depois da troca!

Fica a dia então!

Um beijo, Ju


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Como ajudar o desenvolvimento do bebê



O bebê chegou! E agora? A princípio, ou a olhos rasos, ele mama, dorme e faz cocô...Mas o mundo inteiro está se apresentando a ele desde o primeiro respirar fora da barriga! Uma recém-mãe, cheia de hormônios da lactação no corpo, sensível, com dúvidas até o último fio de cabelo, se sentindo só (por mais que tenham pessoas em volta) ou no mínimo sem saber o que fazer quando o bebê chora demais, precisa ter sua tribo de mães e trocar informação com elas!

Foi pensando nisso que investi forte no meu trabalho que, hoje lá se vão 10 anos, aproxima mães, pais, bebês e informação amorosa  e eficiente para que possam sentirem-se seguras e deixar seus filhotes seguros também. Então, quando tive o Lucano, e optei por ficar 2 anos com ele em casa sem trabalhar, decidi fazer esses vídeos que, somados ultrapassam a marca das 200 mil visualizações! Ueba!!! E é pra isso mesmo, espalhar boa informação, que ajude nas maiores dúvidas dos pais, para que a gente crie filhos que se amam, se conhecem, se aceitam e são seguros porque tiveram isso de seus pais quando bebês.

Esse vídeo é um dos mais vistos no youtube sobre desenvolvimento infantil. Ofereço para que todos possam entender um pouquinho o que podemos fazer com nossos pequenos em casa, para ajudá-los a se desenvolverem.

Um beijo, Ju

domingo, 1 de setembro de 2013

O Renascimento do Parto ou Como recuperar uma sociedade doente...

Antes tarde do que nunca...Ontem fomos assistir ao Renascimento do Parto. ( ! )
A cada cena, a moça a meu lado se contorcia na cadeira, meus olhos vertiam lágrimas enquanto meu coração retumbava no peito o nó da garganta. Embora eu seja uma profissional da área da saúde, porque não fui atrás dessas informações ha 4 anos?

Minha história foi contada pelos olhos e vozes de muitas mães e profissionais comprometidos com a felicidade do mundo (que começa quando nascemos). A mesma história: Bolsa rota em casa, o médico orienta irmos ao hospital, então começa  a grande farsa! "Você não teve dilatação, seu bebê vai entrar em sofrimento, precisamos tirá-lo para sua segurança e dele!" Mensagens subliminares da cultura do medo. Temos medo da morte, medo do parto, a sexualidade é tabu (ainda!). E o parto traz a tona tudo isso que a medicina do achismo se aproveita para protagonizar um momento que deveria ser tão natural quanto quando fazemos o bebê (ou o médico precisa estar conosco na cama?). A gente confia no médico, mas não confiamos em nós mesmos!!! Na nossa capacidade de gerar, conseguir, ir em frente, sentir!

O que aconteceu com os altos índices de cesariana no Brasil tem a ver com o medo de sentir. É mais fácil que eu não me envolva, que "a coisa" venha pronta pra que eu não passe trabalho, que meus medos fiquem quietinhos lá dentro, que meus hormônios não se ativem, e que eu tome alguns remedinhos que me deixarão "tranquila". Pois aí é que está o engano! Se não nos informarmos direito, continuaremos a criar uma sociedade que não sente, que não se envolve, onde as relações são descartáveis e a gente só para (quando pára) pra perceber quando estamos doentes ou alguma coisa muito grave acontece pra gente se dar conta que precisamos ter mais presença!

O que escrevo aqui não é uma crítica pessoal, é uma crítica à cultura que engolimos e repetimos como se fosse verdade sem buscarmos evidências. Só que a gente pode parar de repetir "verdades" infundadas sobre o parto e o nosso nascimento como mães e dos nosso filhos, e entender o que está por trás "do cordão enrolado, da bacia estreita, do gorda demais ou magra demais, da bolsa rota, da ausência do trabalho de parto, do não teve dilatação" e mais do que isso, as consequências (graves) de sermos levadas à cesárias desnecessárias.

E então você olha pra mim e diz:
"Mas correu tudo bem! Meu filho está saudável, viu?"
(eu sei, pensei muito isso pra justificar porque não tive um parto normal). Mais uma desculpa da medicina que tem hora marcada, que não pode esperar a hora certa de nascer e que ganha muito pouco com partos normais. Sabe por que eu não tive trabalho de parto e o Lucano estava alto? Porque não nos deram o tempo fisiológico para que liberássemos nossos hormônios e seguíssemos o tempo da vida. Suprimiram minha cadência natural quando me deitaram naquela cama antes de tudo começar, impedindo a liberação dos hormônios que só o seriam com amor e aconchego. Ninguém gritou comigo no hospital, meu marido estava ao meu lado e a sala estava com luz suprimida, palco montado do falso uso do termo "parto humanizado". Então quando falam em "Violência Obstétrica", você diz: "Não!! Me trataram bem! Meu filho nasceu saudável!", e fica escondido que os "procedimentos padrão" são desnecessários e que por si só já são uma violência, pois inibem a produção de hormônios que ajudarão na saúde física e emocional de mães e filhos antes, durante e depois do nascimento e te tratam como mais um, sem considerar sua história, seu emocional, seu momento!

Então, eu olho pra você e digo: Vá ver esse filme!! Uma sociedade que repete o que todo mundo diz, sem beber da evidência científica, é dominada por interesses comerciais. Todo mundo deveria saber o que o filme retrata!!

Agradeço profundamente aos diretores do filme, Erica de Paula e Eduardo Chauvet. A todos que apoiaram a realização desse filme e aos profissionais sérios e comprometidos conosco que participaram dele: Michel Odent - médico fisiologista, Ricardo Jones - obstetra e homeopata, Melania Amorim - obstetra e pesquisadora, Esther Villela - Coord. da Área Téc. da Saúde da Mulher, no Ministério da Saúde, Daphne Rattner - médica epidemiologista, Laura Uplinger - psicóloga, Heloissa Lessa - enfermeira obstetra, Ana Cristina Duarte - obstetriz, Naoli Vinaver - parteira mexicana, Robbie Davis-Floyd - antropóloga, autora de Birth as an American Rite of Passage, entre outros.

Depois do filme, meu marido olha pra mim e diz: "Nosso próximo filho vai nascer em casa!"
Aí meu coração bate tranquilo, ele também acredita que somos capazes de gerar saúde e cuidarmos de nossa vida sem sermos medicalizados por medo!



* Só uma observação: meu filho nasceu num dos "melhores" hospitais de Porto Alegre, Moinhos de Vento, que brada a quatro ventos que agora tem ambiente humanizado, mas segue fazendo cesárias pra dar e vender. Quando cheguei ao hospital, sem trabalho de parto, fizeram lavagem intestinal e rasparam meus pêlos bem ali onde, horas depois, cortaram minha barriga pra tirar meu filho, que tinha batimentos cardíacos completamente normais até a cirurgia! (Como eu liberaria todos os hormônios necessários a um TP após uma lavagem intestinal??? Montaram o cenário perfeito pra um cesária às 07h da manhã, pra que a médica pudesse manter sua agenda normal 30 minutos depois do procedimento). A mesma médica que passou minha gestação dizendo: preocupe-se com o parto na hora do parto! Fuéfuéfuéfué.