sexta-feira, 20 de abril de 2012

Brotoejas e a pele do bebê

Como todos sabem, a pele é nosso maior órgão e através dela também nos relacionamos com o mundo! Nossos bebês, sensíveis ao mundo e sem as proteções que nós já adquirimos com o tempo, podem apresentar "coisinhas na pele" que venham a nos preocupar, mas tudo é uma maneira de aprender a relacionar-se com as roupas, fraldas, acidez de fezes, urina, sol, produtos, e além.

Meu xuxu, com 5 meses, e suas casquinhas brancas na testa.
Desde recém nascidos, é comum que apresentem alguma destas coisas:

- Espinhas em bebês? Sim! Seu organismo ainda está com resquícios dos hormônios da mãe e somado a isso, as glândulas sebáceas imaturas naturalmente, podem obstruir e causar essas espinhazinhas. 

O que fazer? Nada de esfregar, muito menos espremer! Lavar com água e sabonete apropriado para bebês e deixar que passe, pois é só uma questão estética e não incomodam os bebês ou geram maiores problemas.

-Crosta Láctea (ou dermatite seborréica-que nome horrível, né?): Muito comum nos pequenininhos. Outra coisa que não incomoda os bebês e é uma questão estética e reação normal do corpo. Varia de uma simples camadinha oleosa no couro cabeludo, a uma mais abundante, com crostas amarronzadas. 

O que fazer? Se quiser fazer algo, além da higienização no banho, pode passar óleo mineral ou vaselina com um algodão, que elas são facilmente removíveis. Apenas isso, pode durar o ano todo do bebê, mas passa!

-Assaduras (dermatite de fralda): Muito comum! Alguns tem um pouquinho e depois nunca mais, outros passam a fase toda de fraldas com assaduras recorrentes. As assaduras podem se dar na região das fraldas e nas dobrinhas dos bebês. A fralda, um ambiente que tende a ser úmido e com pouco ar, é uma "festa" para as assaduras! 

O que precisamos cuidar? 
° Quando acrescentamos algum alimento, ou a alimentação muda, pode mudar a acidez das fezes e isso pode causar assaduras;
° Sabonetes, lenços umedecidos e fraldas com perfume também são agentes comuns de assaduras;
° Fricção excessiva durante a higienização na troca de fraldas;
° Deixar a região úmida e colocar novas fraldas, é casinha de assadura;
° Demorar na troca de fraldas, deixando o bebê por longos períodos com a fralda suja de xixi ou cocô;
° Observem quando usarem fraldas diferentes e desconfiem de fraldas perfumadas, que podem causar alergias.

O que fazer? Prevenir!
° Manter o bebê seco e limpo sempre! Trocar assim que notar cocô e seguidamente para xixi; 
° Diminuir a umidade: depois de limpar bem o bumbum do bebê, é MUITO IMPORTANTE secar um uma fraldinha de pano limpa ou papel higiênico, para tirar o excesso de umidade (lembre-se: não raspe na pele do bebê, coloque a fraldinha ou papel sobre a pele do bebê e dê leves batitinhas para absorver a umidade);
° A melhor forma de trocar para prevenir é limpar com água e algodão (bastante água, porque passar o algodão mais seco pode irritar a pele do bebê por fricção) e secar depois!
° Não é necessário colocar talco, se o bebê é trocado com frequência e, principalmente, seco com eficácia após a limpeza. Veja aqui mais sobre implicações do talco.

Já está assado?
° Deixe o bumbum respirar sempre que possível, sem fraldas;
° Utilize as pomadas protetoras que seus médicos recomendarem (gosto das da Weleda!), para que os xixis e cocôs não cheguem com tanta facilidade onde já está lesionado;
° Leve ao pediatra se notar que as lesões persistem, pois um bebê com dor, principalmente na região da fralda pode não querer urinar ou evacuar porque percebe que cada vez que o faz, sente dor e quer naturalmente e inconscientemente evitar a dor. Isso pode causar constipação ou infecções urinárias. Não deixem o bebê com dor!
° Lembrem-se de cortar as unhas do bebê, para evitar que ao cossar, ele possa contaminar ainda mais a região! 
° Cuide ainda mais da alimentação (inclusive a sua, se está amamentando).
° Confie no seu pediatra! Se não confiar ou puder acessá-lo com facilidade, troque de pediatra, escolha um que tenha a ver com suas ideologias e condutas de vida, pois isso facilita muito na relação de confiança que a mãe tem para cuidar de seu bebê!

Eczema? O que é isso? Começam com manchas vermelhas, podem surgir bolhas ou bolinhas, tem liquido ou uma crosta amarelada. o melhor tratamento é o dermato quem vai dar, pois é um probleminha chato que pode ter muitas causas e incomoda bastante com cosseiras e dor, ás vezes. Sou do tipo que acho que não precisamos deixar os pequenos sentindo dores e febres -por serem uma manifestação de que o corpo não está bem- por muito tempo sem tratar, ninguém merece.

O que fazer? O eczema pode infeccionar, por isso é muito importante cortar bem as unhas da criança e manter as mãos limpas, para não infeccionar. É o tipo de coisa que pode infeccionar facilmente. Procurar um dermatologista infantil ajuda a encontrar uma causa e diminuir os sintomas.

E as brotoejas? Também aparecem com frequencia, principalmente quando faz muito calor! Cuide com o excesso de roupas, porque o suor na pelezinha do bebê pode causar brotoejas. Veja aqui dicas simples!

E por falar nisso, seguimos falando de "excesso de roupas" ou a temperatura ideal dos bebês e como saber se estão com frio ou calor, no próximo post!

Espero ter ajudado!
Um beijo, Ju


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Shantala! Parte 3

Há alguns dias estamos falando sobre Shantala. Aqui ofereço dicas para a realização da massagem e aqui mostro fotos e a técnica em si. Depois de aprendida a técnica e internalizado seu significado de amor, segurança e intimidade, vamos amadurecendo nossa relação de confiança com o bebê (e conosco mesmas) e fica mais fácil perceber as manifestações dos pequenos, interpretar o que precisam e oferecer segurança a eles.
Shantala, Calcutá-Índia
A massagem (original) e, principalmente, seus efeitos tem continuidade num banho morno gostoso. A água é condutora de energia e, morna, ajuda a relaxar aspectos profundos do corpo que nossas mãos não tocaram. A maneira como pegamos o bebê e oferecemos suporte na banheira, vai interferir na disponibilidade do bebê para seguir relaxando. Se ele for pequenininho e estiver acostumado, dê o banho no balde. Caso ele esteja acostumado com a banheira, a melhor maneira é seguir para ela! Segure seu bebê atrás do pescoço e pelo bumbum e o coloque delicadamente na água, conversando com ele suavemente que agora vão para a água. Deixe-o "flutuar" com seu apoio nas costas, ajudando-o a soltar os braços e pernas na água. Se estiver no balde, deixe-o curtir o momento.

A Shantala é uma massagem e, como tal, necessita de flexibilidade, ou seja, o melhor caminho a seguir é o seu coração (se ele estiver tranquilo) e perceber os movimentos dos pequenos, pois o objetivo é que mamãe (ou quem faz a massagem) e bebê sintam-se muito bem, alegres, conectados, inundados de amor, relaxados. Se uma dessas coisas não estiver ok, procuremos primeiro ficar tranquilas, pois só assim nossos bebês vão querer ser tocados!

Um exemplo bem claro disso: Apesar de ensinar a Shantala clássica, com toda sua técnica e sequência, muitas vezes percebo que é melhor começar a relaxar meu filho num bom banho, ir ao quarto dele aquecido, cheiroso, com uma leve música e já que está peladinho, começar a massagem. Às vezes ele está muito agitado, então começo brincando suavemente e faço as partes da massagem que ele mais gosta, como nos dedos e nariz (e ele pede que repita muito) e então vai se entregando e começo a sequencia. Outras vezes não dá pra fazer a sequencia toda, outras ele dorme no meio e outras, ainda, ele diz: "não, mamãe!". É preciso respeitar sua disposição e vontade!!

"Sim, longe de ser simplesmente um dos cuidados que dedicamos aos bebês, esta massagem é uma arte.
E, portanto, você precisará de um mestre.
E dessas coisas que não se aprendem num livro.
Esta arte é assim.
Em que lugar encontrar um mestre, aqui no Ocidente, onde esta massagem é completamente desconhecida?
Você pode ir a Calcutá, onde o acaso pôs Shantala no meu caminho.
Mas será uma longa viagem.
Talvez você não venha a ter a minha sorte. Talvez não a encontre.
Além disso, você terá que encarar de frente um clima difícil. E as epidemias. E ficar.
Pois são coisas que não se ensinam num dia...E então?
Felizmente, o mestre está aí. Como sempre.
Tudo sempre está aí, bem à mão, se soubermos olhar.
Esse mestre, mais uma vez, é o bebê.
É ele quem vai ensiná-la, intuí-la.
Com uma única condição: você ser modesta.
E bastante simples, bastante aberta para seguí-lo.
Deixe-se guiar por ele" Frédérick Leboyer

Essas  delicadas palavras me tocaram muito, pois fui à Índia duas vezes e sei o quanto ela é arrebatadora e o quanto sua sabedoria nos é cara!

Juliana, oferenda de lamparina à deusa Ganga-Varanasi-Índia


Um  beijo, Ju

segunda-feira, 2 de abril de 2012

SHANTALA! Parte 2

Seguindo nosso encontro com a Shantala, depois que o espaço está preparado, conforme explico aqui. Olhe para o seu bebê, diga que vão fazer a massagem e comece fazendo carinhos em seu bebê, sempre olhando em seus olhos e transmitindo todo seu amor através das mãos e olhares:

Como meu filho está grande, coloco sua cabeça apoiada
em meus pés e o corpo sobre o colchonete. Começamos pelo peito.

Ele brinca, faz massagem em si, dá risadinhas!

Depois do peito é a vez da barriga. Movimentos circulares
em sentido horário e depois para baixo, em direção a você.

Sempre que preciso, coloco mais óleo (ou creme) e fricciono
as mãos para que fiquem mais quentes. 

Depois da barriga, fazemos nos braços, mãos (e dedinhos).

As pernas e os pés. 

O rostinho, nessa parte ele deixa suas brincadeirinhas e
relaxa de verdade!

Viradinho de costas, movimentos de vai e vem .

E descendo dos ombros até bumbum, depois até os pés.

Se ele está quase dormindo, o próximo passo é
um abraço bem gostoso e beijos. Se ainda está
acordadinho, faço movimentos cruzados
entre braços e pernas, abrindo-os e
 fechando-os (braço direito com perna esquerda)

E assim ele termina mais uma shantala.

Os detalhes dos movimentos podem ser aprendidos no livro original de Frédérick Leboyer, Shantala.

-O toque é suave, firme e com movimentos lentos.
Para que você não se perca em pensamentos e comece a fazer rápido, respire, lembrando das ondas do mar, respirações longas e profundas e a cada inspiração e expiração, realize os movimentos circulares e na sua direção, lentamente.

-Repita várias vezes em cada região: no peito, até passar para a barriga, sinta o intestino movimentando. Depois faça os movimentos circulares, segurando primeiro um braço e depois o outro (da mesma forma com as pernas) como se sua mão fosse um bracelete, a envolver todo o braço, subindo em sua direção. Lembre-se das mãos e pés e dos dedos (se esqueço, meu filho pede: deditos, mamãe)! A seguir, passe para o rostinho, faça um carinho suave e passe seus dedos sobre a sobrancelha, circulando os olhos (e fechando-os), descendo no nariz e parando ao lado das narinas com uma leve pressão (isso ajuda a descongestionar rinites e sinusites), passe os dedos ao redor da boca e lembre-se da orelha.

- Vire o bebê de costas, em sentido tranversal ao seu. Apoie a cabecinha dele no seu colo e faça movimentos de vai e vem nas costas. Depois descendo dos ombros até o bumbum. Depois eleve levemente seus pezinhos e faça dos ombros aos pés.

-Depois da massagem tem os movimentos de abertura cruzada com pernas e braços. Meu filho adora!

-Abraços gostosos e beijos sempre finalizam a massagem!

Finalizam? Ou não! O banho completa o relaxamento! O poder de uma água morna no corpo flutuante, apoiado pelas mãos dos pais é uma delícia!

Contemplem as imagens, vejam a sequencia!
Comecem apenas acariciando seus filhos, vejam o que diz Frédérick Leboyer:

"Você dirá: Oh! Mas isto toma tempo! Sim. (...)
Para penetrar em qualquer arte é preciso ter tempo.
Pois que em toda arte há uma técnica. Que é preciso aprender e dominar.
Técnica e aprendizagens inscrevem-se no tempo.
Mas as duas um dia estarão superadas, esquecidas, e a gente desembocará...
em alguma coisa que só pertence à arte.
E que estava lá o tempo todo." 




domingo, 1 de abril de 2012

Gritos, birra e agressividade?

Vexame no shopping, filho dando tapas nos pais, choro por qualquer motivo, pais com a paciência esgotada, ataques descontrolados dos filhos, vergonha dos olhares alheios? Atire a primeira pedra quem nunca passou por isso com filhos maiores de 1 ano...Sabe quando a menor contrariedade vira uma catástrofe de proporções gigantescas (ainda mais na frente dos outros!)? Calma, você não é uma mãe horrível que está esgotada, nem a única que passa por isso! Na verdade isso faz parte do desenvolvimento SAUDÁVEL de nossos filhos!

O que? Saudável? Isso mesmo! As crianças aprendem seus limites e os dos outros indo em direção onde querem e percebendo até onde podem ir. Por volta de 1 ano e meio, começam a experimentar seus limites e formar sua autonomia! Eles precisam experimentar isso para saberem o que é bom e mau, certo e errado.
Remédio para isso? A criança precisa ver que você o escuta, o ama, o aceita e compreende! Mas atenção! Isso não significa fazer o que ele quer na hora que achar que pode! O adulto precisa ensinar a seu filho uma maneira menos catastrófica de agir! Se entendermos que é uma fase de aprendizado e os ajudarmos a direcionar seus sentimentos e ações, eles serão muito bem sucedidos (e com certeza isso passa!).

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Mas como fazer isso??? Depois que o ataque de fúria dele já se instalou, deixe que ele jogue toda sua energia fora, até que canse! Só depois disso ele conseguirá abrir os olhos, respirar e ouvir o que você tem a dizer a ele! Mesmo assim, sua atitude firme (e amorosa) pode suscitar raiva nele, a ponto de ele não perceber a diferença entre um tapa e uma brincadeira. Eles precisam entender a consequencia de seus atos ruins de forma amorosa, e aprender que não são os donos do mundo e mais, que devem se importar com os outros também, isso é básico para que sintam-se incluídos de forma feliz na sociedade!

Segundo Stimpson e Parker, do excelente  livro Criando Filhos Felizes, há como evitar esses confrontos:

1. Deixe seu filho gastar sua energia física, brincando ao ar livre, correndo!
2. Evite cercar seu filho com "nãos" desnecessários, deixe que ele exercite sua autonomia (com segurança dos seus cuidados)
3. Distraia seu filho com coisas que ele gosta, deixe que participe do que você está fazendo;
4.Se uma encrenca começa a se armar, descubra logo o motivo dela enquanto a situação ainda está calma, para poder conversar com a criança;
5. Se isso não der certo, distaria-o com algo que você (certamente) vai estar carregando "na manga", como um brinquedinho ou um bloquinho e lápis de cor;
6. Regras e recados devem ser claros: ao invés de:"Que bagunça!", diga:"Quero ver quem consegue guardar  isso mais rápido!" e você está junto dele!
7. Ensine seu filho a pedir, ao invés de exigir. Aquelas velhas palavrinhas podem ser ensinadas desde cedo, por favor e obrigada você ensina falando também!
8. Evite situações difíceis: se não quer comprar brinquedos, não passe em frente a loja desses com seu filho!
9. Cuide de você, descanse, peça ajuda: lidar com isso não é nada fácil, ainda mais quando se está esgotada!

Se não deu para evitar, o livro ainda ensina os seguintes passos:

1.Nossos filhos estão sentindo coisas e aprendendo a lidar  com elas, se quem deveria ensinar o que fazer começar a gritar, é isso que ele aprenderá!
2. Em meio a berros, seu filho não escutará nada. Espere que ele pare de gritar (respire fundo muitas vezes!) e fale calmamente que ele é inteligente e pode se comportar de outra forma! (Fácil? Nananão! Exercício diário!)
3. Não ceda a exigências irracionais! Ceder significa: continue agindo assim, que você consegue o que quer!
4. Leve seu filho para um local calmo para que a platéia não perturbe ainda mais a você e a ele!
5. Reconheça e ACEITE os sentimentos de seus filhos, dessa forma estará demonstrando que não reprova as emoções dele, e sim o modo como está expressando!
6. Demonstre seus sentimentos com honestidade: se fingir estar calma e fervendo por dentro, eles perceberão! Diga a eles, com voz baixa, que está muito zangada e que não gosta disso. Tenha certeza que eles entendem muito mais isso do que uma mensagem conflitante;
7. Ignorar? Você saberá quando deve agir! Diga a ele que sabe que ele deve estar passando por um momento difícil, que você o ama e que essa não é uma forma bacana de agir, e depois não olhe mais até que ele se acalme!
8. Perceba se seu filho gosta de ser tocado ou não e o abrace se isso o fizer acalmar!
9. Quando tudo terminar, converse com ele, explicando o que ele sentiu e como deveria ser: "Você está zangado porque não pode correr agora, gritar não vai te ajudar a fazer o que quer, além de deixar a mamãe muito brava! Da próxima vez, tente dizer o que quer e vamos conversar!" Simples? Não! Vamos ter de repetir MUITAS vezes essa conversa! Se não for assim, ele não aprenderá que tem outra forma de agir.
10. Vale a máxima: "Não bato em você e você não bate em mim (ou em qualquer outra pessoa). Mas lembrem-se que as crianças tem heróis que batem, e que conseguir um brinquedo batendo é muito fácil! Eles só precisam aprender que podem fazer de outro jeito!

O mal comportamento do filho pode apenas estar indicando que ele esteja cansado, com fome, ansioso e com alguma necessidade não realizada. Assim que os pais compreenderem e suas necessidades forem atendidas ou for explicado a ele, de forma clara e curta por que não pode agir de determinada forma, com certeza ficará mais calmo. A negação (do seu filho) é seu modo de afirmar que está tomando posse de sua autonomia. Use e abuse de uma FIRMEZA AMOROSA para acolher e ensinar por onde andar com segurança!

Ajude as crianças a desenvolverem a habilidade de expressar seus próprios sentimentos. Os pequenos que não conseguem expressar suas frustrações por meios de palavras o fazem por meios de ações, ou seja, gritam, se atiram no chão, choram, batem...se seu filho tem até cerca de 5 anos, nada disso significa que ele é "mau" ou "se comporta mau". Ele apenas está expressando o que sente da forma mais primitiva, como sabe fazer. Quem vai ensiná-lo a perceber seus sentimentos e emoções e mostrar uma forma mais saudável de agir, somos nós adultos, e não será com punição, pois esse tipo de ação sobre eles, quando ainda estão aprendendo sobre como agir, faz com que as crianças aprendam a não respeitar seus sentimentos e agir para agradar aos outros, e isso causa estragos na vida adulta que todos nós conhecemos!

Dicas de livros sobre o assunto:
Além do já citado "Criando Filhos Felizes" (que tem uma linguagem acessível a leigos), tenho como livro de cabeceira o "Infância, a Idade Sagrada" de Evânia Reichert (que tem uma linguagem mais acadêmica), o renomado Içami Tiba (com sua leitura fácil) em "Quem ama, educa!". E para quem lê em espanhol, tenho ainda a maravilhosa Laura Gutman, com livros como "La familia nace con el primer hijo".

Espero ter ajudado!
Um beijo, Ju