quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Juntos nessa!

A Carmen deixou uma frase nos comentários, que combina muito com este nosso encontro:
"A Mãe desenvolve o seu Feto e o Pai nutre com seu Afeto !!!"
Adorei!! Essa é a construção coletiva da rede de apoio/afeto que a gente tanto precisa quando está criando filhos! Obrigada amiga!!!


Vamos então àqueles tópicos anteriores, são alguns que lembrei junto com o Alberto, e tenho certeza que vocês têm outros para comentar, rir e descobrir juntos novas formas de olhar. Faremos isso em etapas, para que a leitura não fique pesada. 


-Por que o bebê está chorando;
Quando o bebê começa a chorar, todo mundo tem um palpite. A melhor forma de lidar com isso é sorrir, agradecer e seguir o nosso coração. Ninguém melhor do que mãe e pai para decifrar o choro do seu pequeno. A diferença acontece quando pai e mãe não concordam sobre o motivo do choro e, então, um impasse sobre o que fazer...Quando os pais são bastante próximos dos filhos, tocam neles com amor e olham nos olhos, mentalmente podem perguntar ao bebê o que ele precisa e ouvir seus corações: a resposta vem com certeza. Isso é afinar a relação. Olhar a expressão do bebê ajuda muito, eles demonstram desde pequenos nos olhos e na expressão corporal o que se passa. Com o tempo, ficará fácil descobrir o motivo do choro. Agora, pra se chegar em um consenso sobre o motivo do choro, melhor é dar espaço para um e para outro, respeitando o que o outro intui e, na tentativa, chegando juntos a uma resposta. Quando o choro é persistente, quando é logo depois de mamar, quando ele bate as pernas, tudo é um sinal. Lembrem também de que o pediatra é bastante experiente e pode ajudar apenas ouvindo o relato do choro!


-O que faremos quando o bebê chora demais;
Para comentar esse tópico, vamos os tipos de choro:


*Logo depois de mamar (mais ou menos uma meia hora) e quando o bebê dobra as perninhas (depois de termos visto que a fralda estava limpa e que o bebê estava alimentado), pode ser cólica. Neste caso, as bolsinhas de água quente, junto com um colo reconfortante podem ser calmantes, mas a cólica é como uma onda, ela vem e vai embora e parece que não há muito o que fazer. Alguns pediatras receitam remédios para cólica, pode ser uma solução. O nosso perguntou o que eu estava comendo e recomendou que eu cortasse laticínios e derivados de vaca (inclusive produtos com traços de leite), pois alguns bebês têm intolerância a uma proteína da vaca (e não à lactose, pois se não, não poderiam mamar nosso leite também). Fiz o recomendado por quase 2 meses e deu muito certo, Lucano não sentiu mais cólicas e eu emagreci mais rápido, pois quase todos os doces, por exemplo, têm leite ou derivados.


*Quando as sobrancelhas ficam avermelhadas (o bebê fica com um olhar mais parado, não interage muito e esfrega os olhos): é sono!! O legal é a gente ir percebendo os sinais de sono bem no comecinho (é que às vezes , a gente segue dando estímulos, e quando vemos o bebê já está estressado, num choro maior do que o necessário) Alguns pais preferem ninar no colo, outros dando o seio, outros colocam no bercinho, outros misturam as técnicas de acordo com a hora do dia. O importante mesmo é a gente estar segura de que estamos fazendo o melhor para eles (e sabemos disso, se o nosso coração está tranquilo), e mais importante é que o parceiro nos apoie na decisão do que fazer, assim sentimos mais segurança. Quando o bebê chora demais, o melhor é revezar o colo com outra pessoa, para evitar que um dos pais fique estressado com o choro e passe esse nervosismo ao bebê.


*O choro de fome: Nos três primeiros meses, o bebê tem um reflexo chamado "de sucção", ou seja, ele necessita sugar por sugar. Assim, nem sempre que chora e faz biquinho quer dizer que está com fome, se fosse assim, passaríamos os três primeiros meses amamentando 80% do tempo...Como sabemos se ele está com fome ou quer sugar? Se colocarmos o dedo minguinho (limpo) em sua boca e ele sugar, era só isso que ele queria. Se mesmo assim, ele seguir reclamando, é porque é fome. Conseguir decifrar essa diferença, ajuda o bebê a suprir suas necessidades orais (que nem sempre são de alimento) e nos ajuda a dar um tempo entre as mamadas!


*O bebê também pode chorar porque está com a fralda suja, cansado de estar na mesma posição ou na mesma atividade, porque quer um aconcheguinho, porque está com alguma dor, ..., chorar é a única forma que ele encontra de se comunicar verbalmente. Ele sabe que se chorar, alguém o atenderá e, aos poucos, encontrará outras formas de comunicar o que precisa. Um bebê de menos de 5-6 meses dificilmente fará "manha", ele ainda não consegue tamanha malandragem. Quando os pais conversam sempre com ele e explicam o que vai acontecer, ele vai adquirindo segurança e encontrará outras formas de comunicação além do choro, então, a "manha" será menos frequente quando houver. O pediatra é nosso melhor conselheiro! Mães e avós têm bastante experiência, é legal ouvi-las também, principalmente se elas respeitam e apoiam nosso papel de mãe e dão espaço para que tomemos as decisões com segurança.

-O que faremos quando ele não quer dormir;

Cada família funciona de um jeito. Às vezes percebemos que o bebê está com sono, mas não quer se entregar. Primeiro de tudo é importante ver em que situação estamos: se em casa, em lugar estranho ou agitado. Geralmente o bebê prefere adormecer do mesmo jeito e/ou no mesmo lugar porque isso dá segurança. Acontece que nem sempre dá para seguir a mesma rotina, às vezes estamos na casa dos avós e ele sente sono. O Lucano adora interagir, então fica muito bravo de ter que dormir, mesmo que os olhinhos estejam quase apagando. Nós o abraçamos com firmeza, ninamos ou sentamos em um lugar mais escurinho com ele no colo e cantamos bem baixinho. Imaginamos ele recebendo uma energia de tranquilidade e amor, e ainda procuro fazer isso olhando em seus olhos (é engraçado, pois ele foge do olhar, por que sabe que quando olha, acaba acalmando e dormindo). Antes de chegar a essa técnica em conjunto com o Alberto, eu ficava nervosa depois de 30 min. de choro, depois fui deixando meu amor fluir para ele e lembrando que eu o estava acolhendo, pensando que ele iria superar essa dificuldade e aos poucos ele foi melhorando esse momento de dormir (principalmente durante o dia, quando o mundo está acesso...porque quando está tudo escurinho, ele dorme logo, logo). 


Tem um livro bem bacana sobre o sono: "Soluções para noites sem choro" de Elizabeth Pantley


Mais adiante, quero mostrar em vídeo para vocês esse momento de acalmar pra dormir.


* Lembrem da nossa PROMOÇÃO, algumas pessoas preferiram mandar suas frases por e-mail (ju_terocup@hotmail.com), tá valendo também! Um beijo!