domingo, 31 de outubro de 2010

Papando pela primeira vez

Esta semana o Lucano comeu papinha de frutas pela primeira vez.
Vejam no vídeo abaixo e conversamos depois...

Percebemos mais uma vez que qualquer coisa que se faça com os filhos é importante conversarmos como cada um pensou para que não façamos coisas incoerentes um com o outro. Uma vez que combinamos como cada um pensou que poderia ser (se no colo, no carrinho, se a mamadeira primeiro ou a papinha) tudo deu certo!!!! A primeira papinha foi um sucesso!

Nosso pediatra deu a dica de 2 livros sobre o assunto, mas salientou que é importante que as papinhas não sejam feitas no liquidificador, e sim raspadinhas ou amassadas, para que o bebê seja estimulado a fazer o movimento de mastigar (e não só o de sugar, como é quando mama) e assim, fortalecer a musculatura correspondente!!

Os livros:
Meu Bebe Gourmet- Margarete Steigleder
Crescendo com Saúde-editora C2

Sempre ouvi que é muito importante o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses. Continua sendo e recomendo. O mais importante é conversarmos com o pediatra sobre esse assunto, pois ele tem a curva de desenvolvimento do bebê e conhece a história e dinâmica familiar, e por isso saberá orientar sobre a alimentação do bebê, melhor do que ninguém!

OLucano está com 5 meses e começou a comer a papinha de frutas e suco natural entre as mamadas da manhã como complemento. Como cada criança e família é diferente, melhor seguir a orientação de seus médicos. Porém, tenho algumas dicas (como mãe e terapeuta ocupacional):
- Se o bebê fizer menção em segurar a colherinha, deixe. Mesmo que vá fazer um pouco mais de sujeira, é a oportunidade que ele tem de exercitar sua autonomia;
- Ofereça uma segunda colher (vazia) para que ele vá manuseando enquanto você o alimenta, assim ele vai se acostumando;
- Mantenha uma fraldinha de tecido ao alcance para ir limpando suas mãozinhas, pois ele vai sujar as mãos e com isso pode sujar todo o resto...
- Converse com ele, incentive-o e elogie-o durante a alimentação;
- A melhor colherinha tem as bordas arredondadas e é entortada para o lado, pois não machuca a boca do bebê e facilita se ele quiser pegar a colher e levar à boca.
- É importante orientar a babá (no caso dela alimentar seu filho) para que ele siga sendo estimulado da forma correta.

obs: Nossa colher veio em um kit com garfo e prato térmico, da marca Neopan. Apesar de ser do tipo que recomendo, a colher é muito funda e o Lucano não consegue comer todo o alimento que está nela, sempre fica acumulado no fundo, pois é mais fácil comer o que está na superfície.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E por falar em filhos felizes...

Ainda sobre o sling de malha, respondendo pra mamy's da Tarsila linda, esse sling é vendido na Europa (e em euro fica mais caro, cerca de 55 euros sem o frete!), então resolvi confeccionar e vender aqui pelo blog, assim fica mais acessível para nós! Assim que tiver cores e o outro modelo melhorado, coloco as fotos por aqui.

E por falar em filhos felizes, quero compartilhar duas coisas: 

Um- O estado do bebê muito depende de como estamos. Nos primeiros meses, nossos hormônios ainda estão desestabilizados pela gravidez e amamentação e, por isso, podemos nos sentir mais fragilizadas, às vezes desesperadas, tristes, esgotadas e chorosas (acontece mesmo, é tudo hormonal e normal!!). Recomendo que prestem bastante atenção a seus sentimentos e procurem seus médicos se estiverem sentindo-se esquisitas. Não precisamos passar por essa fase com tantas dificuldades. Alguns médicos receitam anti depressivos, outros terapia, outros homeopatia...eu fiz e ainda estou fazendo acupuntura e está sendo ma-ra-vi-lho-so!!! Bom pra nós e ótimo para os bebês e maridos!

Dois- Costumo dizer que criança feliz brinca! E bebês pequenos, apesar de muitas pessoas acharem o contrário, brincam sim! No vídeo que postarei em breve, compartilho um pouco como podemos ajudar nossos filhos a terem prazer e a se desenvolverem com alegria nas brincadeiras desde o primeiro mês até 1 ano de idade!

Só um lembrete para pensarmos: o desenvolvimento do ser humano se dá de forma "céfalo caudal", ou seja, da cabeça para baixo. Assim, podemos pensar que os bebês pequenos, até mais ou menos uns 3-4 meses estão desenvolvendo seus sentidos (toda a parte que recebe informações na altura da cabeça: visão, audição, paladar, olfato e tato). Com exceção deste último, os demais sentidos podem ser estimulados com brinquedos coloridos e sonoros e através da amamentação. O tato já está sendo estimulado com o simples toque da roupa no corpo, do vento, da água no banho e, claro, do carinho e colo que damos aos bebês! 


Promoção do Dia das Crianças!


Antes de mais nada, quero agradecer a participação de todos na Promoção de Lançamento e Dia das Crianças, dizer que foi e está sendo um prazer compartilhar e aprender com vocês, e divulgar a frase vencedora da promoção (que, por sinal foi vencedora por ser um ensinamento para nós, adultos cheios de coisas complexas na cabeça!) 


"Para criar um filho feliz é fácil: com amor, carinho, sempre dar beijos e abraços, dando comidinha, fazendo nanar na caminha, sempre dando colo, ensinando a andar, a falar, sempre bricando com ele, sempre comemorando datas especiais como o natal, o aniversario dele, a páscoa, dia das crianças, que é hoje. Levar na pracinha e dar banho." Anna Clara Araújo- 7 anos


Nada melhor que uma criança feliz ensinando-nos como criar filhos felizes!E o mais legal: ela nos mostra com a simplicidade e sinceridade que só as crianças têm, que para ser feliz não é preciso muita coisa, "é fácil", como diz ela. As coisas simples da vida ainda são valorizadas pelas crianças (e precisam o ser por nós adultos também!) Entendi que a presença carinhosa é mais importante que qualquer coisa! Obrigada, Anna! A bolsa especial do dia das crianças do "Nossos Filhos" vai para ti com algumas adaptações para que possas aproveitar os presentes! Na semana que vem coloco fotos da bolsa!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como usar o Sling de malha

Olá pessoal, aqui está o vídeo demonstrativo de como usar o nosso sling diferente.
Logo, logo, estarei confeccionando outra idéia de sling semelhante para que possam comprar por aqui!


Amanhã quero compartilhar com vocês sobre nossas emoções nesses primeiros dias!

domingo, 24 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Arrumando as Roupinhas

Ganhamos muitas roupas: usadas pela prima e pelos amiguinhos, e novas dos tios, amigos e avós "babões".Quando fui arrumá-las não sabia muito por onde começar e como fazer, afinal de contas encontramos tantas listas de enxoval com tantas coisas, e ganhamos uma diversidade enorme, de tamanhos e estações diferentes.

Como tem roupas que só serão usadas quando o bebê crescer um pouquinho, precisamos deixar mais à mão aquelas menorzinhas (separando também  o que é de manga curta e comprida). Isso facilita muito, na correria dos dias, quando precisamos repor as roupas da bolsa do bebê ou mesmo durante as trocas, se já deixarmos as roupas agrupadas, fica fácil de pegar rápido para trocar o bebê. Tem outras roupas que a gente só vai usar na próxima estação e outras quando o bebê tiver quase um ano. Como aqui no sul tem muita umidade, é preciso cuidar muito para que as roupas não mofem. Assim, separei as roupas da estação e dos tamanhos menores para usar no início, e acondicionei as maiores em sacos, usando o processo de vácuo, para evitar o mofo (Veja o vídeo aqui!)

À medida que o Lucano foi crescendo, fui tirando dos sacos as roupas maiores e ensacando as que não serviam mais, porém, no primeiro momento ensaquei todas as roupas juntas, o que dificultou para saber quais estavam ali e quais eu poderia tirar do saco e colocar no roupeiro. Então, na segunda vez que arrumei, coloquei etiquetas com as inscrições:

"Tip top - inverno- 0-2 meses"
(tipo de roupa- estação- tamanho)

Assim fica fácil para encontrar as roupas novas e também guardar para os próximos filhos ou bebês da família. Outra dica importante: guarde todas as roupas (as dos sacos e as do roupeiro) lavadas e bem secas, para evitar que fiquem com cheiro. Além disso, guardo sabonetes (dentro das caixas) junto às roupas: o roupeiro tem sempre cheirinho de bebê dos sabonetes. E o pulo do gato contra o mofo: forrei as prateleiras com sacolas de papelão (que seguram a umidade) e coloquei potinhos com giz (daqueles de quadro verde) em cada prateleira/gaveta. As roupas estão sempre impecáveis!

Para a mala da maternidade: Separei em saquinhos de filó 4 conjuntos de calça com body e 4 tip tops (o tipo de roupa é que varia: caso seja uma menina, vai ter vestidinhos, ou dependendo da estação do ano). Também separei um conjunto especial para a saída da maternidade e duas mantas de lã. Ter separado em saquinhos facilitou o manuseio pelas outras pessoas, pois quando ele nasceu e foi tomar banho, eu avisei o Alberto qual era a roupa e ele logo encontrou. Outros ítens que levei e foram importantes:

-a liberação do convênio de saúde para o parto;
-a tesourinha de cortar unhas (pois eles podem nascer com as unhas crescidinhas e se arranhar)
-as lembrancinhas da maternidade (por que sempre vem alguém visitar, a não ser que se peça para não)
-um pacote de fraldas e um de absorvente (por que depois do parto sangramos por dias...)
-um sabonete líquido de bebê para darmos banho nele e também para tomarmos banho
-para a mamãe: uma maquiagenzinha básica para quando sair da maternidade e para as primeiras fotos não saírem com aquela cara de "recém-parí", pente e escova de dentes, uma camisola, um chinelo/pantufa e uma roupa bacana para a saída da maternidade.

Outra dica: Aquelas bolsas tradicionais de bebê, têm uma alça muito curta ou aquela alça comprida que se adiciona nas argolas laterais. Sinceramente, pouco práticas! Se estamos sozinhas com o bebê, imagine a cena: nós, o bebê no sling, o celular e a chave do carro no bolso do sling e uma bolsa que cai do ombro ou, pior, que é carregada no  meio do braço...Melhor escolher uma mochila transadinha e permanecer com as mãos livres.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aproveita que passa rápido!

Neste último cinematerna assistimos Tropa de Elite! Em tempos de eleição, uma ótima reflexão!
Muito bom, mas o melhor é encontrar outras mães e outros bebês!

Sempre que saimos e encontramos outras mães ouvimos a frase aí de cima: "Aproveita que passa rápido!" e é um alerta de coração, eu sei. Na saída do cinema encontramos a mãe do Miguel (o fofo do Miguel e o pai dele) e ela contou que uma amiga estava fazendo uma "limpa" em seu computador, encontrou umas fotos dos filhos (que hoje estão com 6-8 anos) e se deu conta de que tinha deixado passar muita coisa. Quando eu estava grávida, também me diziam a mesma coisa.

Quantas pessoas eu conheço que quando se deram conta, o tempo tinha passado e elas nem estavam fazendo mais o que gostavam, nem estavam com quem gostavam (e provavelmente nem se gostavam mais) e o tempo tinha passado...Essa frase na verdade tem de ser lembrada sempre, não só quando falamos da barriga da gestação ou dos bebês pequenininhos que crescem tão rápido. A gente precisa mesmo prestar atenção ao que estamos fazendo ou passando, porque vai-se embora e outras coisas melhores, ou não, virão. Todo mundo precisa aproveitar o que está vivendo agora, por que passa rápido, tudo passa! Quando abrimos os olhos, passou! Parece clichê, mas tem muita gente que não aproveita...

Bem, voltando a nossa ida ao cinema, estávamos com nosso sling marrom (da Tri-cotti), aquele que tem duas partes iguais (vídeo demonstrativo aqui). Esse sling chama a atenção das pessoas, que querem saber como usamos, então resolvi falar dele hoje aqui. No inverno em que o Lucano nasceu, foi ótimo, pois ele ficava bem grudadinho (e quentinho) em mim. Hoje ele fica em diferentes posições que vou mostrar aqui no vídeo. O Alberto gosta mais do outro sling (aquele das argolas), os dois são ótimos, é só questão de se acostumar a usar. 


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Para ficar bem num dia difícil




A Escola Infantil Caminho do Meio é um sonho realizado pelo Lama Padma Samten do qual tive o privilégio de fazer parte. Uma proposta bonita de educação e que vem crescendo e se multiplicando com a paciência, perseverança e amor de uma equipe muito bacana!

Por que falar da Escola por aqui? Por que esta é uma escola onde todos são alunos: pais, professores e crianças. E colocar-se como aluna de um aprimoramento pessoal e espiritual, ajuda a me manter consciente do que é importante ensinar ao meu filho.

Nos dias em que ele está mais chorãozinho e que parece que nada acalma, quando estamos perdendo o eixo da paciência, é preciso lembrar da sabedoria do acolhimento/do espelho, da equanimidade, da causalidade e da transendência. Assim exercito a compreensão de que eu posso acolher meu filho quando ele está nervoso ou desorganizado, chorando sem parar, usando as energias de compaixão, alegria, generosidade, energia constante, ajudando-o a remover seus obstáculos e produzindo calma e tranquilidade.

É um exercício e tanto! Entender um bebê pequenininho nem sempre é tarefa fácil, mas ensinamentos como o do Lama Samten estão aí para nos ajudar a andar pelo caminho da alegria na busca por felicidade (nossa e dos pequenos), e a escola me ajudou muito a lembrar de praticar essas qualidades sempre, mesmo que às vezes a gente escorregue no caminho.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nascendo e Renascendo

A literatura tem muitos bons livros que explicam os tipos de parto e as fases do parto. Pessoas diferentes passam por momentos distintos na hora do parto. Recomendo fortemente este livro, lindo, cheio de histórias, de amor e respeito:

Tenho uma amiga que fez o parto em casa, com uma equipe de médico, doula e enfermeira. Eu passei a gestação dizendo que queria que o parto fosse da melhor forma pro Lucano e pra mim...

(hoje percebo o quanto a médica me sugestionou dizendo que "a hora a gente nunca sabe..." aquele papo de médico que quer dormir a noite toda e "fazer" o SEU parto na hora que lhe convém. E mais importante, como profissional da saúde e da educação, prometi a mim mesma que trabalharei com todas minhas forças e meu amor para que todas as mães possam VERDADEIRAMENTE se preparar durante a gestação inteira para um parto normal/ natural-que é o que mais favorece às mães e desenvolvimento das crianças ).

O que aconteceu comigo é que às 23h do dia 24/05 a bolsa estourou com tudo, eu estava dormindo!! Acordei com aquele aguaceiro saindo, senti que era hora em um misto de risadas e choro (Aquele momento por que tanto esperei tinha chegado!!!!). Como não senti nada de contrações, a médica me mandou ir ao hospital...

(ATENÇÃO! Nessa hora entramos no que chamamos de "partolândia" isso quer dizer que nossa capacidade de pensar equilibradamente, se escapa, estamos hormonalmente, fisicamente e emocionalmente num mundo à parte, envolvidas no nosso momento, e precisamos entrar com calma e amor nisso tudo, para manter a produção da ocitocina, que favorece toda a evolução do trabalho de parto....Por isso o acompanhamento da DOULA é fundamental, ela nos guia, nos ajuda a sentir bem, acalma, nos leva por um caminho do trabalho de parto de forma harmônica)

... esperei pela evolução do trabalho de parto...

(que não aconteceu, claro, há evidências científicas de que uma mulher deitada não terá o TP evoluído, no ambiente hospitalar, com médicos de plantão que eu não conhecia, um monte de interferência e nenhuma explicação, meu nível de adrenalina subiu e baixou a ocitocina, evidentemente, o TP não evoluiu!!! Mas já entendi que é "norma padrão" dos hospitais fazerem isso, pois a cesária que se segue, é mais rentável e o médico pode vir quando quiser para a cesária...)

...até às 07h do dia 25. Ou seja, o parto foi tranquilo e sem dor, Lucano nasceu de cesária desne-cesária às 07h58. Tirando o fato de ter sido uma cesária desnecessária, que reverberou por MUITO tempo depois, diga-se de passagem, e mudou minha vida. Vejam que belo trabalho sobre as cesárias desnecessárias, que minha amiga Lígia Moreiras Senna encabeçou:

...
(E não é exagero não, o trabalho de parto é um dos momentos mais conectados (ou não) que podemos ter conosco, com nosso filho, com nossos prazeres, fazendo daí desabrochar a mãe que nasce e que precisa vir empoderada do sentido de mãe, da intuição e do vínculo com seu bebê, para ter segurança interna de que sabe interpretar seu filho e de que está fazendo seu papel de mãe com plenitude-e não ouvindo a meio milhão de opiniões, ficando confusas e chorando inseguras porque o que as pessoas dizem, lá no fundo não corresponde ao que sentimos. Te levar a uma cesária desnecessária, por mais que seja "no melhor hospital da cidade", com o "melhor médico" e mesmo que seu maridinho esteja a teu lado, impede que você sinta a enchurrada de hormônios que te darão o pleno nascimento como mãe, segura de saber fazer nascer e prover seu filho. Isso é violência sim, depois que o bebê nasce e nos sentimos fragilizadas diante dele, com depressão pós parto e  inseguras, é que poderão constatar quão violento é. O parto não é um "evento" em que precisaríamos de lá precisando tomar remédios ou de acompanhamento psiquiátrico! Atenção, meninas!)


...Enfim, tratei de fazer do nosso momento o melhor, afinal, meu pequeno estava chegando e precisava que estivéssemos felizes, bem e o recebêssemos com todo acolhimento que ele merece. Foi maravilhoso ver seus olhinhos pela primeira vez,  nos preparamos para, aconteça o que fosse, estaríamos bem e juntos! Eu e Alberto de mãos dadas, fazendo mantras e, na prece que acho mais linda, ouvi seu chorinho! Ele veio pra mim, com o cordão intacto, e parou de chorar, momento único, uma bolha ao nosso redor criando a eternidade!

Dentro das possibilidades em que nos vimos (atados e tendo de passar pelo "protocolo" da instituição), combinei com o Alberto que ele não deixaria o Lucano sozinho um só segundo, que tocaria nele o tempo todo, com seu afeto, com seu amor, que falaria baixinho em seu ouvido para que ele estivesse tranquilo com o papai, que dessa banho nele...

 (o que a enfermeira impediu, sob o protocolo do medo do pai de primeira viagem. Enfim, vocês fazem curso de gestante para aprender a dar banho e na hora do primeiro banho, sentem medo? O-ou, algo errado, ensinaram vocês a dar banho em uma boneca, claro, sem emoção nenhuma...mas não ensinam nos cursos de gestantes, a empoderar esses pais e mães que estarão com seus filhos nas mãos, com tudo certo para serem pais e mães, porque foram empoderados disso e não da cultura do medo de que não somos o suficientes para nossos filhos, então quem sera?)

Muitas vezes durante a gestação, pensei que estava rompendo a bolsa, e me perguntava como seria esse momento, se parecia "xixi" ou se romperia de pouquinho ou de uma vez. Tratei de relaxar quanto a essas ansiedades e deixei acontecer como tinha de ser melhor! Sobre o rompimento da bolsa, só sei que a mulher sabe e tem certeza quando é ela, basta estar conectada e prestando atenção ao próprio corpo!

Assim que vemos pela primeira vez nosso filhote, nasce uma mãe e nasce um pai. O olhar e o dia a dia vão construindo um pai e uma mãe, cheios da história da educação que tiveram, misturado com a evolução que viveram. Desde o teste de gravidez até o parto, há um caminho que pode ser cheio de amor, acalentado de carinho, alegria e acolhimento mútuo. A mãe e o pai que somos é uma construção de cumplicidade que reflete na resposta do pequeno que cresce. Oportunidade única de olharmos para nosso parceiro em suas melhores qualidades, reconhecendo que ele está buscando a felicidade da melhor forma que pode e, mais, que podemos ajudá-lo nesse caminho. Esse posicionamento cria uma rede de cooperação, onde conseguiremos gerar felicidade um ao outro e a todos! Um exercício maravilhoso!!

Este texto foi todo construído (entre parênteses) e sabe porquê? Por que é nas entrelinhas (que às vezes não captamos) que os hospitais atuam conosco. Por que o índice tão alto de cesárias no Brasil, alarma toda a comunidade científica séria, que trata de cuidar das pessoas para que esse cuidado não vire mais uma coisa a se medicalizar. Por que ter filhos hoje, para muitas mulheres, está atrelado a tomar um monte de remédios antes, durante e depois e que mesmo assim, um número assustador de mulheres sofre de impotência em relação a seus filhos e depressão pós parto.

Agora reflitam comigo: por que um hospital tem um protocolo que nos deixa apartadas de nosso parto, do nascimento de nossos filhos, que não nos empodera para sentirmos segurança de sermos mães, que coloca a ação do médico como a empoderada do pedaço, para que ele venha a medicalizar a retirada precoce dos nossos bebês de nossas barrigas? Para que possam utilizar a UTI por causa de precocidade provocada, de medicalização evitável, ver a gente tremendo de medo diante de tudo isso e nos indicar um psiquiatra, com a desculpa de que não estamos preparadas?

Não, não sou contra médicos, nem contra segurança, que fique bem claro! Fui formada em Pediatria pela Faculdade de Medicina e conheço médicos e médicos, diga-se de passagem que a maioria diz que vai dar alta pros pacientes antes do carnaval... é vero (por que será, né?). Tenho observado em minhas pesquisas e experiências como educadora, que vivemos sob a cultura do medo e nem sabemos porque escolhemos determinada coisa que não nos faz bem. Dentre as coisas que a cultura do medo abarca, está a gestação, o parto, o pós parto. Querem a segurança de resultados científicos sobre essas questões? Procurem junto a profissionais que realmente se importam com sua saúde (e não em te colocar secundariamente em um lugar medicalizado), que querem te empoderar como ser humano, promovendo seu desenvolvimento, para que você seja ativo e responsável em relação a seus processos de vida e que, por causa disso, seja seguro e feliz! Amo os médicos, dêem uma olhada no tipo de médico que favorece o desenvolvimento do ser humano:

Aqui tem A médica obstetra que eu amo, que faz muita pesquisa científica, professora da faculdade de medicina da UFCG e do IMIP de Recife, Melania Amorim. (Entrevista para a revista da Unisinos e Site da Melania.). Tem mais, uma cientista, bióloga, mestre em psicobiologia e doutora em farmacologia (quer mais? tem!) pós doutora em saúde coletiva: Lígia Moreiras Sena. Dois outros médicos competentíssimos: Ricardo Jones, gineco obstetra, e Carlos Eduardo Correia, o Cacá, pediatra. E pra não falar somente em Brasileiros, a base de tudo: Michel Odent, obstetra francês de 81 anos, em entrevista e em livros. E Frèderick Leboyer, obstetra aclamado no mundo todo e que eu sigo, a formiguinha, nas minhas aulas de Shantala: em livros e no The Guardian.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Continuando nosso bate papo

Os tópicos que conversaremos hoje são:

-Como faremos o bebê dormir e onde;
-Como acalmaremos o bebê (se no seio, se no colo, se no carrinho...)


A tão falada noite de sono!
Quando nosso bebê chegou em casa, eu sentei na minha cama, ao lado do carrinho onde ele dormia como um anjinho e chorei..."Será que darei conta de um serzinho tão frágil?" "E se ele se afogar à noite e eu não perceber?". Foi apenas o primeiro dia, depois retomei a confiança, porque sabia que estava preparada. Ter combinado com o Alberto como faríamos para ele dormir e onde, antes dele chegar, me manteve mais segura.


A relação sono X mamadas:
Lucano nasceu no invernão do Sul, optamos por deixá-lo dormir em seu carrinho (que nos parecia mais quentinho e aconchegante) ao lado de nossa cama (para que eu não precisasse levantar no frio). Nos dois primeiros dias, ele dormiu quase o dia todo e acordava de 2 em 2 horas de madrugada para mamar. O pediatra nos ensinou para o acordarmos de 3 em 3 horas durante o dia para mamar, que ele dormiria mais à noite. Dito e feito: ele passou a acordar somente 2 vezes por noite. 


Outro fator importante: nos primeiros dias ele passava 3-4 horas mamando sem parar, eu ainda não sabia que, desse tempo, mais da metade era aquele "sugar por sugar" do reflexo de sucção. O tempo médio ideal é 20 minutos em cada seio. Com essas informações, eu passei a amamentá-lo com essa frequencia e seu organismo foi acostumando. Aos três meses ele passou a acordar uma vez por noite para mamar e hoje algumas noites, ele dorme a noite toda. Tudo uma questão de rotina, costume e, para consegui-la é preciso a paciência de uns dois dias apenas, para que o bebê vá mantendo a frequencia.


Fazendo o bebê dormir.
Ouvimos de cada casal, uma forma de "fazer dormir". Desde pais que colocam direto no berço no primeiro dia e o bebê dorme (ou chora um pouco e depois dorme), passando por pais que dormem com o bebê na cama, até esse que adotamos inicialmente, de deixá-lo dormir no carrinho.
A forma de fazer dormir também varia: a maioria que ouvi, fazia o bebê dormir no seio. Li bastante que o ideal é fazer dormir sem a "bengala" do seio, para que o bebê se acostume a dormir sozinho. Às vezes há uma distância entre o que lemos e o que é possível fazer... Outros pais fazem dormir ninando, andando pela casa e outros ainda, colocam no berço, cantam, contam histórias, dão um beijinho e deixam dormir.


O mais importante (e vocês já devem ter reparado que isso serve para tudo) é que o pai e a mãe vão preparando a si mesmos mentalmente para estarem seguros do que estão fazendo, assim o coração fica tranquilo e o bebê adapta-se facilmente. Cada um sabe o que consegue fazer e como sente-se melhor. Nós começamos no carrinho, ninamos um pouco, quando ele estava quase dormindo colocamos no carrinho (ele chorou bastante nos 3 primeiros dias- e então, nós ficávamos acariciando, falando baixinho que poderia se acalmar.) Passou! Mas não pensem que foi tão fácil quanto está parecendo, muitas vezes eu não aguentava vê-lo chorando e pegava outra vez no colo, então tinha que recomeçar o processo todo de fazer dormir, ou seja, até que eu ficasse tranquila, sabendo que o estava atendendo da maneira correta, oferecendo meu carinho enquanto ele se acostumava em sua caminha, foi um trabalho todo meu, que ele respondeu de acordo...quando fiquei bem, ele dormiu tranquilo.


Depois vem a saída do quarto dos pais e a ida para sua caminha...Nós começamos a deixá-lo fazer as sonecas do dia no seu bercinho. Também colocamos um brinquedinho que ele adora. Um dia, eu já estava pra lá de segura de que ele se sentia bem no berço e resolvemos deixá-lo dormir a noite ali. Aquela noite dormi a noite toda!! O Alberto acordou de tanto em tanto, preocupado se a babá eletrônica (que a gente havia testado várias vezes) iria funcionar...O Lucano, claro, dormiu como um anjo!


Às vezes, os pais optam por fazer de outra maneira, está tudo ótimo, desde que eles sintam-se seguros de que estão fazendo como acham que deve ser e vejam que o filho está bem com isso!! Programar uma rotina e fazer a hora do sono sempre do mesmo jeito, ajuda muito o bebê a ficar seguro e adaptar-se. Mesmo assim, nem sempre as coisas são perfeitinhas do mesmo jeito, às vezes ele está mais incomodado, quer mais colo, dá refluxo, então a gente vai ajudando, e às vezes eu dou o peito mesmo para ele se acalmar, mesmo não sendo minha opção preferida...(e principalmente porque sei que não é um hábito dele, que ele também consegue se acalmar de outros jeitos)


Se quiserem compartilhar suas experiências, outras pessoas podem se beneficiar com diferentes olhares, e assim podemos aumentar nossa rede de apoio!


Amanhã faremos a primeira viagem em que dormiremos fora de casa com o Lucano. Depois conto como foi!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cinematerna!


Olá! Hoje estou escrevendo quase no final do dia pois eu e Lucano fomos ao cinema (e aproveitamos para passear mais)! Acima vocês têm o vídeo do Cinematerna, uma iniciativa muito bacana para ajudar as mães com bebês a manterem-se inseridas no mundinho social, mesmo com as demandas do início da maternidade. Amanhã retomarei aquele nosso assunto anterior, hoje vou aproveitar o gancho de nosso passeio, para comentar sobre a retomada da vida social da mamãe.

O Lucano já assistiu 5 filmes em sua longa vida de 4 meses! Para nós é maravilhoso, pois posso ir ao cinema com meu amor (quando ele pode ir junto) e ao mesmo tempo estar tranquila amamentando ou trocando a fralda do Lucano. Como todas (ou quase todos) que estão ali, levam seus filhotes, se algum chora ninguém liga, ninguém olha com cara feia. As organizadoras disponibilizam trocadores com fraldas e lencinhos, há um tapete na frente da tela para os que querem brincar e o ambiente fica super agradável! Aqui em Porto Alegre têm sessões quintas-feiras e alguns sábados. Hoje teve até sorteio de presente!

Até nos organizarmos com as novas rotinas (principalmente para quem não tem uma babá 24h), se não prestamos atenção, o tempo vai passando e a gente se descuida. Legal é irmos olhando para nossa rotina e incluindo nela, cuidados conosco que são fundamentais para manter a auto estima. Mesmo que não dê para retomar os exercícios nos primeiros meses, a "desculpa" de sair para o cinematerna, por exemplo, é um bom motivo para tirarmos o pijama, passarmos uma maquiagenzinha e sairmos belas por aí. Além disso, é uma oportunidade de conhecermos mais gente, encontrarmos amigas (vamos Regina? Quero conhecer teu filhote!), batermos um papo, trocarmos experiências, tomarmos um café. Uma delícia!

Acessem ao site que está na barra lateral e confiram as próximas datas para sua cidade!
Vale muito a pena! Divirtam-se!



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Juntos nessa!

A Carmen deixou uma frase nos comentários, que combina muito com este nosso encontro:
"A Mãe desenvolve o seu Feto e o Pai nutre com seu Afeto !!!"
Adorei!! Essa é a construção coletiva da rede de apoio/afeto que a gente tanto precisa quando está criando filhos! Obrigada amiga!!!


Vamos então àqueles tópicos anteriores, são alguns que lembrei junto com o Alberto, e tenho certeza que vocês têm outros para comentar, rir e descobrir juntos novas formas de olhar. Faremos isso em etapas, para que a leitura não fique pesada. 


-Por que o bebê está chorando;
Quando o bebê começa a chorar, todo mundo tem um palpite. A melhor forma de lidar com isso é sorrir, agradecer e seguir o nosso coração. Ninguém melhor do que mãe e pai para decifrar o choro do seu pequeno. A diferença acontece quando pai e mãe não concordam sobre o motivo do choro e, então, um impasse sobre o que fazer...Quando os pais são bastante próximos dos filhos, tocam neles com amor e olham nos olhos, mentalmente podem perguntar ao bebê o que ele precisa e ouvir seus corações: a resposta vem com certeza. Isso é afinar a relação. Olhar a expressão do bebê ajuda muito, eles demonstram desde pequenos nos olhos e na expressão corporal o que se passa. Com o tempo, ficará fácil descobrir o motivo do choro. Agora, pra se chegar em um consenso sobre o motivo do choro, melhor é dar espaço para um e para outro, respeitando o que o outro intui e, na tentativa, chegando juntos a uma resposta. Quando o choro é persistente, quando é logo depois de mamar, quando ele bate as pernas, tudo é um sinal. Lembrem também de que o pediatra é bastante experiente e pode ajudar apenas ouvindo o relato do choro!


-O que faremos quando o bebê chora demais;
Para comentar esse tópico, vamos os tipos de choro:


*Logo depois de mamar (mais ou menos uma meia hora) e quando o bebê dobra as perninhas (depois de termos visto que a fralda estava limpa e que o bebê estava alimentado), pode ser cólica. Neste caso, as bolsinhas de água quente, junto com um colo reconfortante podem ser calmantes, mas a cólica é como uma onda, ela vem e vai embora e parece que não há muito o que fazer. Alguns pediatras receitam remédios para cólica, pode ser uma solução. O nosso perguntou o que eu estava comendo e recomendou que eu cortasse laticínios e derivados de vaca (inclusive produtos com traços de leite), pois alguns bebês têm intolerância a uma proteína da vaca (e não à lactose, pois se não, não poderiam mamar nosso leite também). Fiz o recomendado por quase 2 meses e deu muito certo, Lucano não sentiu mais cólicas e eu emagreci mais rápido, pois quase todos os doces, por exemplo, têm leite ou derivados.


*Quando as sobrancelhas ficam avermelhadas (o bebê fica com um olhar mais parado, não interage muito e esfrega os olhos): é sono!! O legal é a gente ir percebendo os sinais de sono bem no comecinho (é que às vezes , a gente segue dando estímulos, e quando vemos o bebê já está estressado, num choro maior do que o necessário) Alguns pais preferem ninar no colo, outros dando o seio, outros colocam no bercinho, outros misturam as técnicas de acordo com a hora do dia. O importante mesmo é a gente estar segura de que estamos fazendo o melhor para eles (e sabemos disso, se o nosso coração está tranquilo), e mais importante é que o parceiro nos apoie na decisão do que fazer, assim sentimos mais segurança. Quando o bebê chora demais, o melhor é revezar o colo com outra pessoa, para evitar que um dos pais fique estressado com o choro e passe esse nervosismo ao bebê.


*O choro de fome: Nos três primeiros meses, o bebê tem um reflexo chamado "de sucção", ou seja, ele necessita sugar por sugar. Assim, nem sempre que chora e faz biquinho quer dizer que está com fome, se fosse assim, passaríamos os três primeiros meses amamentando 80% do tempo...Como sabemos se ele está com fome ou quer sugar? Se colocarmos o dedo minguinho (limpo) em sua boca e ele sugar, era só isso que ele queria. Se mesmo assim, ele seguir reclamando, é porque é fome. Conseguir decifrar essa diferença, ajuda o bebê a suprir suas necessidades orais (que nem sempre são de alimento) e nos ajuda a dar um tempo entre as mamadas!


*O bebê também pode chorar porque está com a fralda suja, cansado de estar na mesma posição ou na mesma atividade, porque quer um aconcheguinho, porque está com alguma dor, ..., chorar é a única forma que ele encontra de se comunicar verbalmente. Ele sabe que se chorar, alguém o atenderá e, aos poucos, encontrará outras formas de comunicar o que precisa. Um bebê de menos de 5-6 meses dificilmente fará "manha", ele ainda não consegue tamanha malandragem. Quando os pais conversam sempre com ele e explicam o que vai acontecer, ele vai adquirindo segurança e encontrará outras formas de comunicação além do choro, então, a "manha" será menos frequente quando houver. O pediatra é nosso melhor conselheiro! Mães e avós têm bastante experiência, é legal ouvi-las também, principalmente se elas respeitam e apoiam nosso papel de mãe e dão espaço para que tomemos as decisões com segurança.

-O que faremos quando ele não quer dormir;

Cada família funciona de um jeito. Às vezes percebemos que o bebê está com sono, mas não quer se entregar. Primeiro de tudo é importante ver em que situação estamos: se em casa, em lugar estranho ou agitado. Geralmente o bebê prefere adormecer do mesmo jeito e/ou no mesmo lugar porque isso dá segurança. Acontece que nem sempre dá para seguir a mesma rotina, às vezes estamos na casa dos avós e ele sente sono. O Lucano adora interagir, então fica muito bravo de ter que dormir, mesmo que os olhinhos estejam quase apagando. Nós o abraçamos com firmeza, ninamos ou sentamos em um lugar mais escurinho com ele no colo e cantamos bem baixinho. Imaginamos ele recebendo uma energia de tranquilidade e amor, e ainda procuro fazer isso olhando em seus olhos (é engraçado, pois ele foge do olhar, por que sabe que quando olha, acaba acalmando e dormindo). Antes de chegar a essa técnica em conjunto com o Alberto, eu ficava nervosa depois de 30 min. de choro, depois fui deixando meu amor fluir para ele e lembrando que eu o estava acolhendo, pensando que ele iria superar essa dificuldade e aos poucos ele foi melhorando esse momento de dormir (principalmente durante o dia, quando o mundo está acesso...porque quando está tudo escurinho, ele dorme logo, logo). 


Tem um livro bem bacana sobre o sono: "Soluções para noites sem choro" de Elizabeth Pantley


Mais adiante, quero mostrar em vídeo para vocês esse momento de acalmar pra dormir.


* Lembrem da nossa PROMOÇÃO, algumas pessoas preferiram mandar suas frases por e-mail (ju_terocup@hotmail.com), tá valendo também! Um beijo!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Promoção Nossos Filhos!

Dia das Crianças é uma data especial para comemorarmos nossas crianças: as que somos, as que fomos e as que criamos! Por isso estamos fazendo o lançamento oficial do Nossos Filhos neste dia!


O objetivo deste site é que possamos beneficiar o maior número de pessoas com nossas experiências, trocando informações e criando uma rede de apoio e amizade com quem se interessa pelo assunto! 
Diariamente, novas informações, links, fotos, vídeos e um debate diferente! Divirtam-se e façam parte dessa rede, sugestões e comentários são muito bem vindos!


Para o lançamento criamos um kit super charmoso, com sacola de tecido em estampa importada contendo 1 mordedor infantil Dican, 1 sabonete líquido da Johnsons&Johsons, 1Pacote de fraldas tam.M Turma da Mônica, 1 Lava Roupas para bebês Vida Macia, 1 Babador em algodão e 1 livro "Cem Promessas para o meu Bebê" de Mallika Chopra.

Quer ganhar este presente em comemoração ao Dia das Crianças? Então responda à pergunta:

"Como criar filhos felizes?"

A resposta mais emocionante e criativa, leva o presente! Valerão apenas as respostas que vierem com um e-mail válido para contato posterior. Mas respondam rápido, pois a promoção vale por 15 dias, o resultado sai no dia 27/10/10.



domingo, 3 de outubro de 2010

"Curso para pais"

Desde que comecei o trabalho como terapeuta e educadora, passei a perceber que em nenhuma etapa da vida, as pessoas aprendem a ser pai e mãe. A maioria aprende junto com o filho, a medida que este for crescendo. Porém, muitas coisas poderiam ser evitadas se antes de serem pais, as pessoas fizessem grupos, oficinas, cursos para serem pais. (Assim como se fazem cursos para casais na Religião Católica).

Há tempos vêm aumentando o número de cursos para casais gestantes, mas a grande maioria oferece informação e prática sobre os cuidados básicos de saúde e higiene: Como dar banho, trocar fraldas, amamentar, etc. São ótimos, geralmente há professores médicos e enfermeiras e o conteúdo supre a necessidade de informações básicas importantes.

Nosso pequeno gauchinho!

O "curso para pais" a que me refiro, seria uma grande conversa e troca de informações, onde os casais aprenderiam  a conversar, respeitar diferentes pontos de vista, falar um pouco um ao outro como foi sua criação e como acredita que deva ser uma boa educação. Só aqui já daria "pano pra manga"! Isso proporcionaria um afinamento entre o casal, tão importante nas tomadas de decisões futuras.

Na continuação do curso, os pais veriam o quanto suas atitudes são copiadas pelos filhos e a importância de prestarmos atenção ao que estamos fazendo, para verificar se é realmente isso que queremos ensinar aos pequenos. Como exemplos, se quisermos que nossos filhos não comam "porcarias", não deveríamos comê-las. Se quisermos que eles respeitem aos outros, deveríamos ter mais paciência e tolerância, mais amorosidade, mais compreensão com os outros, além de não gritar, saber ouvir, olhar nos olhos, ceder espaço e tantas outras coisas que, na correria dos dias, acabam passando despercebidas por muitos adultos. Se quisermos filhos bem educados, devemos ser bem educados com eles e com os outros.

Quando começamos a prestar atenção nesses pequenos detalhes no dia a dia, conseguimos olhar mais para fora do nosso umbigo e perceber os outros. Assim, podemos criar uma boa relação de casal onde um está disponível para ajudar ao outro, e uma relação de confiança e cumplicidade com os filhos, que crescem mais seguros e felizes em um ambiente harmonioso.

A relação equilibrada do casal, é muito importante quando o bebê chega em casa. Os hormônios que foram mexidos no corpo da mulher durante a gestação, seguirão mexidos por um bom tempo e é muito comum provocarem depressão e sentimentos contraditórios. Quanto mais apoio emocional a mãe tiver, melhor ela estará para atender às necessidades do bebê. Já o pai, quanto mais compreensão, carinho e cumplicidade ele tiver, mais apoio conseguirá dar à mãe de seu filho.

As decisões futuras que citei acima, são inúmeras e podem gerar polêmica e mal estar se não forem conversadas antes. Entre elas:
-O que faremos quando o bebê chora demais;
-Por que o bebê está chorando;
-O que faremos quando ele não quer dormir;
-Como faremos o bebê dormir e onde;
-Como acalmaremos o bebê (se no seio, se no colo, se no carrinho...)
-O que responderemos às pessoas quando elas dizem coisas que não fazem sentido como se conhecessem a dinâmica familiar ou nossos filhos (ah! as pessoas adoram dar palpite sobre como devemos proceder);
-Como será a alimentação do bebê;

Sinto que o apoio e atenção do Alberto são imprescindíveis na minha relação com meu filho. Se discutimos, podem estar certas de que ficarei frágil emocionalmente e não conseguirei estar inteira com o Lucano. Ao contrário, ao nos tratarmos mutuamente com amor e respeito, mantenho minha energia mais constante e fico muito mais disposta com meu rebento e com meu marido. Podemos ver o resultado de nossa educação, desde cedo, quando vemos nosso pequeno sorrindo, tranquilo e se desenvolvendo com saúde!

*em nosso próximo encontro, falaremos sobre essas "decisões" que precisamos tomar em dupla sobre o bebê, se quiserem mandar sugestões, por favor!

sábado, 2 de outubro de 2010

O chá de bebê e o enxoval

Quando estava grávida, eu e minha prima (grávida também) reunimos um tanto de listas de enxoval e fizemos uma só. A internet tem muitas facilidades (e muitas listas diferentes), mas tantas coisas podem dificultar o nosso foco no que é mais importante.

Convite do nosso Chá, que o papy Alberto fez!

Enquanto fazia a lista e marcava o que já tinha e o que pediria no Chá de Fralda, pensei que há um ingrediente que não vai em nenhuma lista, mas é de fundamental importância: preparar o tempo e a cabeça para quando o bebê estiver aqui. Nos primeiros meses os pequenos realmente precisam muito da nossa presença, das nossas visualizações de paz e tranquilidade, do nosso cheiro e nosso olhar amoroso. Nesses dias, parece que não temos tempo para nós, mas é um investimento maravilhoso dar o que eles precisam, pois isso será a base para uma criança segura e com uma autoestima legal. Mais adiante falaremos da importância dessa preparação, pois os hormônios ficam "bagunçados" e acabam mexendo com nosso emocional, que precisa de suporte e calma, para não desanimarmos com a aparente falta de tempo.

Além desse investimento, percebi algumas coisas bem bacanas para compartilhar:

*É preciso lembrar e avisar aos amigos que querem ajudar, a provável data de nascimento do bebê (época do ano), pois isso evita que compremos e ganhemos artigos, por exemplo, de recém nascido, manga curta, no inverno (ou seja, que não conseguiremos usar, principalmente se esse inverno for como aqui do sul do Brasil)
*Sabonetes em barra e shampoos são menos práticos que os sabonetes líquidos para bebê, este último dura por mais tempo e pode ser usado para lavar o corpo todo, incluindo o cabelinho (o nosso primeiro, durou quase três meses!).  Os sabonetes em barra, principalmente os cremosos, ficam "gosmentos" e acabam mais rápido.
*Lenços umedecidos são "perigosos". Aqueles que vêm em baldes econômicos, geralmente têm um lenço mais fino e muita água no pote, os lenços vêm encharcados e, por serem mais finos, precisamos usar mais em cada troca de fraldas.  Outros, de potes normais, também ficam encharcados e alguns têm um cheiro mais ou menos...Isso pode gerar assaduras no bebê! Reparei que vale mais a pena usar um bom lenço, mais caro, mas que usamos menos por troca de fralda. Melhor ainda: Pedir bastante algodão no chá, pois em casa podemos limpar o bebê com algodão e água, e quando estamos na rua, levamos o lenço mais caro. Melhor para o bebê e mais barato!
*É muito importante lembrar de pedir brinquedos, claro, adequados aos primeiros meses. Até os três meses, os bebês estão desenvolvendo e apurando seus sentidos, os melhores brinquedos são de cores fortes, poucos e grandes desenhos (ajudam a fortalecer a musculatura ocular), que tenham algum som (como chocalhos ou guizos), de texturas diferentes e mordedores. Afinal de contas, além de alimentar e vestir o bebê, não podemos esquecer que o ajudaremos nessa chegada ao mundo, quando ele estará se acostumando com as sensações corporais e precisa de estímulos adequados e controlados (estimular demais também prejudica...)

Preparei um vídeo com dicas preciosas para ajudar ainda mais, veja aqui.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Gestar: O início de tudo

Depois de ver a temperatura basal subir, a menstruação atrasar, fazer teste de farmácia (e não acreditar nele), teste de sangue e mesmo vendo o que está escrito, ter de ligar pra médica pra confirmar que o tão esperado "positivo" estava estampado, começa uma caminhada do tamanho certo para nos construirmos como pais.

Sim, a gestação passa muito rápido para o tento que podemos construir dentro e fora de nós sobre a maternidade e esse serzinho maravilhoso que está por chegar. Muitos sites e blogs contam mês a mês sobre as modificações corporais e comportamentais da gestação e vale muito a pena lê-los! Aqui quero compartilhar outras coisas que ficam no ar, mas que são fundamentais para que a paz continue reinando depois que o rebento chegar, seja ele calmo ou agitado ou do jeitinho que ele for.

Assim que espalhamos a notícia que estamos grávidas, começa o terrorismo. Vocês já repararam? Quem nunca ouviu as seguintes frases levanta a mão:

-"Nossa, os enjôos são horríveis! Coma bolacha de água e sal"
-"O parto é a maior dor do mundo, e a recuperação...xiiiiiiiiiiiiii"
-"Aproveitem para dormir agora, por que depois...hummmmm" (estes parecem se deliciar com a má notícia!)
-"Vocês nunca mais terão tempo para namorar, cuidado!" 
-"Se preparem para o choro do bebê, eles choram muito!"

...e segue a lista, vocês devem ter um monte de frases terroristas como essas! Garanto que elas não ajudam em nada, e nem sempre são verdadeiras, eu por exemplo, não tive enjôo (inclusive a bolacha de água e sal, me dava azia...) o parto e a recuperação foram ótimos, meu filho acorda uma vez por noite; até por que cada bebê é único e todos eles são um espelho dos pais, ou seja, pais que ficam nervosos inevitavelmente têm filhos nervosos, pois apesar de tão pequenos, eles sentem tudo. Lembrei de uma frase: "de médico e terrorista todo mundo tem um pouco"...

O mais importante disso tudo e de todos os dias até a chegada dele, é que a gente desenvolva e aperfeiçoe:
1. Nossa intuição. Perceber nosso corpo e nossos sentimentos, para que mais tarde possamos perceber o bebê e ter segurança de que sabemos o que ele precisa (meditação e relaxamento ajudam muito nisso);
2. Nossa parceria com o pai do bebê ou, na falta dele, com quem nos ajudará a educar (é fudamental para que tenhamos apoio e nos mantenhamos seguras para atender o bebê);
3. A resposta para as seguintes perguntas: "O que nós queremos para o nosso filho?" ou "Que tipo de homem/mulher queremos formar?" Essas respostas são complexas e, se bem conversadas durante a gestação, nos ajudam muito a tomar decisões futuras e seguras quanto ao sono, aos choros, a alimentação, e toda a educação.

*Na próxima vou mostrar detalhes do enxoval, coisas que estão nas listas que não são tão úteis e coisas que ficaram de fora, mas que são fundamentais! Até lá!