Faz quase uma semana que não escrevo, não foi o que me propus, mas me fez refletir sobre o "ser mãe hoje".
Esta semana o Lucano teve três dias de um "
chororô" não identificável. Pensamos que pode ser como aqueles dias em que acordamos mais chateados, pode ser aqueles
estirões de crescimento em que ele fica mais chatinho, pode ser o efeito da nova alimentação no intestino e evacuação.
De qualquer forma, apesar de compreender que tudo é novo para ele e que ele precisa e sempre terá afeto para enfrentar esses dias, eu
fico esgotada! Para terem uma idéia, ele que dorme a noite toda, em um desses dias, acordou às 02h30 para mamar e ficou chorando até às 05h30. Fiquei acabada porque não estou acostumada a acordar de madrugada, e esse cansaço acaba também com meu humor...Fico chateada de ficar sem paciência, reflito e lembro de toda a teoria, mas achei importante trocar isso com vocês, por que sei que muitas de vocês devem passar por isso e acho que é normal a gente se sentir assim também!

Lembrei que há algum tempo saiu uma reportagem no jornal local sobre as mães de hoje, suas opções na criação dos filhos e as mudanças e retornos dos tempos passados. Eu optei (reparem que é questão de optar e não de poder, pois com as opções diferenciadas que temos hoje de trabalho, podemos sim optar!) por ficar em casa com o Lucano pelo menos por um ano. Como não consigo ficar parada, resolvi fazer os slings de malha para vender, fazer os bazares que gosto pra receber os amigo em casa e ajudá-los com presentes bacanas para vender, e escrever aqui. Minha prima linda, mãe da Tarsila, lembro que tem horários flexíveis pois dá aulas de espanhol e faz seus horários.
Assim como nós, muitas outras mulheres têm optado por acompanhar mais de perto o desenvolvimento de seus pequenos, por que como todo mundo diz: "
Passa muito rápido" e como temos constatado, as crianças estão precisando mais da presença dos pais na educação. Assim, organizo nossa rotina com momentos de ficar no tapete brincando, assistir a um ou dois episódios do Pocoyo (em espanhol para estimular a escuta dele na língua do vovô), fazer o almoço, limpar a casa, dar um passeio.
Não estamos nesse momento com faxineira, então dividimos a limpeza da casa entre Alberto e eu: coloco o Lucano no carrinho com seus brinquedos e vou levando ele comigo pela casa e contando a ele o que estou fazendo, ele fica se divertindo, dá gritinhos e fica brincando e olhando pra mim. No almoço, geralmente ele dá uma cochilada, então fica mais fácil. E assim vamos, a maioria das coisas vou fazendo e atendendo ele, paro no meio, dou de mamar e continuo. Minha próxima tentativa será ir a Ioga com ele, levo seus brinquedinhos e ele fica brincando enquanto eu mexo o corpo. Veremos como funcionará.
Admiro as mamães que gostam ou precisam trabalhar fora, por sua coragem e força! Imagino como ficam felizes em estar fazendo o que gostam e também a vontade de ficar mais com seus filhos. Cada opção tem suas facetas boas e ruins e vamos aprendendo a lidar com o dia a dia e a olhar para tudo com o melhor que podemos fazer e o melhor que há. Não ficamos o dia todo em casa, passeamos muito e o Lucano adora estar no meio das pessoas e ver paisagens diferentes. Fico muito feliz em dividir minhas 24h com o Lucano e o Alberto (ele também trabalha em casa), tenho aprendido muito e com certeza sairei uma pessoa melhor dessa experiência!